Nesta quinta-feira (4), o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) reafirmou que pretende viabilizar sua candidatura à presidência da república em 2010. No Rio Grande do Norte, a informação foi recebida por membros do PT com desconfiança, já que a ideia é angariar o apoio do pessebista ainda no primeiro turno à campanha da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Sobre a possibilidade da candidatura de Ciro Gomes e a consequente retirada de apoio dos diretórios locais do PT e PC do B ao pré-candidato Iberê Ferreira (PSB/RN), que passariam a apoiar o pedetista Carlos Eduardo Alves (PDT/RN), a deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN) destacou que a aliança com o PDT ou PSB, no Rio Grande do Norte, poderá ser conhecida somente a partir do sábado (6), data da reunião com membros do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores.
“O apoio do PT no RN também é uma decisão nacional da legenda, porque queremos fazer uma unidade liderada pelo presidente Lula”, explicou. No entanto, visualizou a chance da uma candidatura independente ao governo do Estado, tanto do PDT quanto do PSB.
Candidatura
Em um trecho da entrevista concedida pelo deputado federal Ciro Gomes nesta quinta-feira (4) e encaminhado pela sua assessoria de imprensa, o pessebista aponta que “eu me imagino no poder com o PT, mesmo com o PMDB, não vejo problema. Agora, a hegemonia moral e intelectual dessa coligação tem que ser o projeto".
Sobre as declarações, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) reiterou que a campanha de Dilma Rousseff é consolidada e que Gomes tem o direito de se colocar como candidato. Entretanto, ressaltou que seria bom para o PT e para a candidatura da ministra que o apoio ao projeto de sucessão do presidente Lula contasse com o apoio do ex-ministro da Integração Nacional.
A deputada Fátima Bezerra também ressaltou que Ciro Gomes é importante para o projeto de eleição de Dilma Rousseff. “Já fechamos alianças com alguns partidos nacionais, como o PC do B e PDT, mas seria interessante que Ciro estivesse do nosso lado, por ser uma peça importante. Mas se ele quiser se candidatar, o seu partido deve viabilizar a campanha”, encerrou.
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