quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sisu deve abrir inscrições por volta de 20 de janeiro

A secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari, disse nesta quarta-feira, em reunião em Niterói, no Rio, que o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) deve abrir inscrições por volta do dia 20 de janeiro.
Mais cedo, a secretária havia dito que a inscrição ficaria para última semana do mês, mas corrigiu a data na tarde de hoje.
O Sisu é o sistema adotado pelo Ministério da Educação que destina vagas em universidades, principalmente federais, a partir apenas da nota do Enem. As instituições colocam suas vagas à disposição do sistema e, quando o período de inscrições abre, os alunos podem se candidatar a elas. No primeiro Sisu do ano que vem, o MEC espera disponibilizar 83 mil vagas.
Parte dos alunos que fizeram o Enem nos dias 6 e 7 de novembro deverão refazer a prova porque um lote de um dos tipos de prova veio com questões repetidas ou faltando. A nova data de prova deve ser anunciada na próxima semana.

Em conversa vazada, relator do Orçamento admite mínimo de R$ 570

O relator do Orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), admitiu nesta quarta-feira que existe margem para aumentar para R$ 570 o salário mínimo, apesar de a posição do governo ser fixar o salário para o ano que vem em R$ 540.
A afirmação foi feita em reunião fechada do conselho político da Presidência da República, que reúne líderes da base aliada no Congresso.
"Tem margem para aumentar um pouquinho o salário mínimo? Tem margem para aumentar um pouquinho. Agora, é o correto fazer isso? Porque, se aumentar para R$ 560, R$ 570, no repique do ano que vem vai bater perto de R$ 700. É o certo isso? Acho que é o certo. Mas o problema todo, e temos que avaliar, é que chegou um abaixo assinado de mais de 600 prefeituras dizendo que não dá para pagar", afirmou o senador.
Parte do áudio da reunião, cerca de 50 minutos, vazou para jornalistas na sala de imprensa do Planalto, no térreo, sem que nenhum integrante da reunião soubesse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do final da reunião. Entrou na sala, deu boa tarde aos integrantes do conselho e, imediatamente, o áudio foi cortado.
Gim Argello afirmou que recebeu um pedido do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, para que o reajuste não passe dos R$ 540. O receio é pelo impacto do aumento nas aposentadorias.
"Quem tem que sentar e resolver essa equação é o ministro da Previdência, e ele me pediu: "Gim, fica no R$ 540, segura no R$ 540, e vamos ver o que é possível fazer, não é pelo salário, mas pela Previdência"", disse.
A linha geral do governo, representada, durante a reunião do conselho, nas falas dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi a de segurar o reajuste em R$ 540-- um arredondamento da previsão inicial de R$ 538.
A ordem da cúpula é não aprovar nada que represente despesas não previstas inicialmente.