Já na faixa de renda maior, acima de R$ 2.550, apenas 1% das meninas teve filho
Apesar de a taxa de fertilidade entre as adolescentes brasileiras estar em queda, o número de mães com idade entre 15 e 19 anos ainda é alto nas populações mais pobres. De acordo com a publicação Juventude e Políticas Sociais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), lançada nesta terça-feira (19), 44,2% das meninas entre 15 e 19 anos com filho pertencem à faixa de renda per capita de menos de meio salário mínimo (R$ 255).
De acordo com o estudo, entre as adolescentes da mais baixa faixa salarial, 18% são mães. Já entre adolescentes da faixa de renda acima de cinco salários mínimos (R$ 2.550), apenas 1% teve filho.
Os motivos da diferença dos números entre as classes sociais, apontados pelo Ipea, são o acesso à informação, aos serviços de saúde, aos métodos contraceptivos e até mesmo ao aborto. Além disso, o estudo aponta que, de acordo com pesquisas, ser mãe na adolescência é uma opção de projeto social para jovens de classes mais baixas.
“A adolescente busca construir sua identidade e sentir-se mais adulta, mais mulher, mais autônoma e com mais poder tendo o seu próprio filho”, diz o estudo.
No caso dos meninos, a paternidade está relacionada a assumir responsabilidades, sofrer mais pressão para trabalhar e ser o provedor da nova família, mesmo que seja com a ajuda da família de origem.
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