Inquérito foi encerrado com cinco pessoas indiciadas.
Polícia Federal encerrou o inquérito sobre o furto das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com cinco pessoas indiciadas. A orientação é para que o Ministério da Educação corrija a segurança no próximo exame. Nesta terça-feira (6) foram divulgadas as imagens do momento em que as provas foram furtadas.
Segundo a Polícia Federal, Felipe Pradella, o mentor do roubo das provas do Enem, não teve dificuldade alguma pra agir. Na imagem, de acordo com a investigação, ele aparece pegando a prova. Pouco depois, entrega o material para um comparsa, Marcelo Sena, que coloca a prova na blusa. Os dois saem em direção a um depósito, sem levantar nenhuma suspeita.
O primeiro dia do roubo não foi flagrado pelas câmeras. A investigação mostrou que na véspera, dia 21 de setembro, Felipe Pradela pediu a Felipe Ribeiro, colega de trabalho, que levasse o caderno 1 da prova. O que foi feito, segundo os indiciados, sem qualquer dificuldade.
As investigações mostram ainda que, de posse dos dois cadernos, Felipe Pradela entrou em contato com o DJ Gregory Camilo, amigo de infância. Gregory conhecia o publicitário Luciano Rodriguez, dono de uma pizzaria, e poderia facilitar a aproximação com jornalistas.
A investigação também deixou claro que ninguém tinha uma função específica no consórcio Connasel. Segurança atuava como empacotador, empacotador agia como segurança. Segundo a Polícia Federal, essa fragilidade foi fundamental para que as provas fossem roubadas tão facilmente.
“Com relação à fragilidade do sistema de segurança, isso vai ser destacado no relatório do inquérito policial. Será feito um documento para a direção geral, que servirá de subsídio para que o Ministério da Educação, nos próximos concursos, aprimore o sistema de segurança da impressão e distribuição das provas”, diz Marcelo Sabadin, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal no Estado de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comenta ai meu!