terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para PF, indiciado não teve dificuldade para furtar prova do Enem

Imagens do circuito interno de gráfica registram momento do furto.
Inquérito foi encerrado com cinco pessoas indiciadas.


Polícia Federal encerrou o inquérito sobre o furto das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com cinco pessoas indiciadas. A orientação é para que o Ministério da Educação corrija a segurança no próximo exame. Nesta terça-feira (6) foram divulgadas as imagens do momento em que as provas foram furtadas.
Segundo a Polícia Federal, Felipe Pradella, o mentor do roubo das provas do Enem, não teve dificuldade alguma pra agir. Na imagem, de acordo com a investigação, ele aparece pegando a prova. Pouco depois, entrega o material para um comparsa, Marcelo Sena, que coloca a prova na blusa. Os dois saem em direção a um depósito, sem levantar nenhuma suspeita.
O primeiro dia do roubo não foi flagrado pelas câmeras. A investigação mostrou que na véspera, dia 21 de setembro, Felipe Pradela pediu a Felipe Ribeiro, colega de trabalho, que levasse o caderno 1 da prova. O que foi feito, segundo os indiciados, sem qualquer dificuldade.
As investigações mostram ainda que, de posse dos dois cadernos, Felipe Pradela entrou em contato com o DJ Gregory Camilo, amigo de infância. Gregory conhecia o publicitário Luciano Rodriguez, dono de uma pizzaria, e poderia facilitar a aproximação com jornalistas.
A investigação também deixou claro que ninguém tinha uma função específica no consórcio Connasel. Segurança atuava como empacotador, empacotador agia como segurança. Segundo a Polícia Federal, essa fragilidade foi fundamental para que as provas fossem roubadas tão facilmente.
“Com relação à fragilidade do sistema de segurança, isso vai ser destacado no relatório do inquérito policial. Será feito um documento para a direção geral, que servirá de subsídio para que o Ministério da Educação, nos próximos concursos, aprimore o sistema de segurança da impressão e distribuição das provas”, diz Marcelo Sabadin, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal no Estado de São Paulo.

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