sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Desfecho de perseguição assusta moradores de rua pacata em SP

Desfecho de perseguição assusta moradores de rua pacata em SP


Carros destruídos, sangue escorrendo no meio fio, polícia para todo lado, pessoas assustadas. A pacata Rua São Valentim, na Vila Manchester, na Zona Leste de São Paulo, foi o cenário do desfecho de uma perseguição policial que teve início no Tatuapé, também na Zona Leste, depois do roubo de um veículo importado, no final da tarde desta quinta-feira (15).

A destruição começou na esquina das ruas Juno com São Valentim, onde os ladrões em fuga acertaram em cheio um fiat Elba, jogando-o contra uma mesa na calçada e a parede de uma padaria. Por sorte, não havia ocupantes naquele momento, por volta das 17h, na mesinha de plástico, segundo as testemunhas.
Em seguida, o utilitário importado que havia sido roubado pegou em cheio um fiat Palio prata, com cinco professoras dentro. Todas se feriram, uma gravemente. Depois, arrastou-o até atingir outro Palio, este de cor azul, e até se desgovernar e se chocar contra a grade de uma residência do outro lado da rua. Um grande número de policiais militares chegou em seguida, até de metralhadoras em punho, relataram os moradores.

Segundo as testemunhas, tudo aconteceu muito rapidamente. O barulho gerado pelas batidas, no entanto, deixou todo mundo apavorado. E ao menos uma delas, além de assistir a tudo de “camarote”, não pode reclamar da sorte.

O borracheiro José Gomes Araújo da Costa, de 42 anos, estava sentado em frente à borracharia onde trabalha, quando tudo começou. Ele pode acompanhar, inclusive, as duas Palios envolvidas no acidente pararem a “três, quatro dedos” de distância de seu Gol, estacionado a poucos metros do local. Apesar de toda destruição, o veículo do borracheiro escapou ileso.

“Eu estava sentado na porta (da borracharia) e ouvi um barulho terrível. Quando levantei, mais metade da coisa já tinha acontecido. Logo em seguida, chegaram de seis a oito carros da polícia”, contou José Gomes. Mesmo com tudo acontecendo rapidamente, ele chegou a temer que o seu carro fosse atingido. “Parece mentira, mas nunca vi coisa parecida. Só vi as Palios indo para cima do meu carro. Pararam de três a quatro dedos de distância”, relatou, aliviado.

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