O mais popular cantor brasileiro de todos os tempos, Roberto Carlos Braga, nasceu no dia 19 de abril de 1941, em Cachoeiro do Itapemirim, pequena cidade no interior do Espírito Santo. Zunga, apelido que recebeu na infância, foi o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira Braga
Um dos episódios mais dramáticos da vida de Roberto é o acidente que provocou a amputação de sua perna direita, aos 6 anos. A falta de uma versão do cantor pois ele não fala do assunto, deu margem a inúmeras narrativas. Uma das versões diz que o acidente aconteceu quando Roberto assistia a um desfile à beira da ferrovia de Cachoeiro. Uma professora teria chamado a atenção das crianças para que se afastassem dos trilhos, mas o grito assustou Roberto, que caiu e teve a perna prensada pelas rodas do trem. Na canção O Divã, ele faz referência ao desastre: 'Relembro bem a festa, o apito/ e na multidão um grito/ o sangue no linho branco'.
Com apenas oito anos, ele já queria cantar no rádio, em um programa matinal que promovia concursos entre cantores mirins. Dona Laura, grande incentivadora da carreira do menino, vestiu-o com um terninho feito sob medida por ela mesma e o levou à Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL-9, para fazer sua estreia onde permaneu no quadro de músicos da emissora. Roberto cantou o bolero Amor y más amor e foi o intérprete mais aplaudido. 'Nunca fiquei tão nervoso na minha vida', revelaria anos depois.
Em 1952, aos 11 anos, foi morar na casa de tia Amélia, a Dindinha. Em 1955, o resto da família chegou ao Rio. Naquela época, o rock já era uma febre entre os jovens americanos. Não demorou muito, o som de Elvis Presley, Little Richard e Chuck Berry chegou ao Brasil. Roberto, assim como grande parte da juventude carioca, ficou absolutamente tomado pelo novo ritmo. Quando o conterrâneo Carlos Imperial o chamou para participar, na televisão, do programa Clube do Rock, ele já cantava, com desembaraço, canções como Tutti Frutti.
Nos corredores da TV Tupi, quando ia participar do programa Clube do Rock, Roberto conheceu aquele que seria um de seus grandes parceiros: Erasmo Carlos. Na época, a identificação entre os dois se fez pelo amor ao rock. Foi através de Erasmo que Roberto conheceu uma turma que se encontrava em frente ao Bar Divino, na Tijuca, formada por pessoas que amavam a música tanto quanto ele. Dessa amizade, nasceu o quarteto The Sputniks. Roberto Carlos estourou com a Jovem Guarda na década de 60, ao lado de Wanderléia e Erasmo Carlos. Depois de um ensaio em que Tim Maia chamou sua atenção inúmeras vezes, Roberto decidiu seguir carreira solo.
Em 1959, Roberto conheceu outro ritmo que influenciaria sua carreira: a bossa nova. O trabalho era bom, mas seu sonho era gravar um disco. Com a ajuda de Carlos Imperial, e com uma carta de Chacrinha, assinou com a Polydor. Seu primeiro compacto foi um fracasso e a gravadora rescindiu o acordo. Imperial, então empresário de Roberto, não desistiu e conseguiu um contrato com a CBS. Lá, Roberto gravou outro compacto, com Brotinho Sem Juízo e Canção do Amor Nenhum. O disco não foi nenhum sucesso, mas promoveu o cantor.
grande lázaro
ResponderExcluiradd o link de meu blog: www.edsonoliveira2.blogspot.com
Édson q foi seu aluno, estuda matemática
vlw