terça-feira, 2 de março de 2010

Ciro comemora, mas tucanos evitam comentar pesquisa

O deputado federal e pré-candidato a presidente da República pelo PSB, Ciro Gomes, disse ontem, em João Pessoa, que a última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada domingo, “começa a anunciar que a ameaça da volta ao passado está diminuindo”. Sem citar o nome do governador paulista José Serra (PSDB), de quem é desafeto, Ciro disse temer uma possível volta ao passado.

De acordo com a pesquisa Datafolha, José Serra tem 32% das intenções de voto, contra 28% da pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, em um cenário que Ciro também estaria na disputa. A diferença entre Serra e Dilma caiu de 14 para 4 pontos porcentuais, em relação à pesquisa divulgada em dezembro. No cenário em que Ciro não é candidato, a diferença aumenta, sendo que Serra teria 38% e Dilma, 31% das intenções de voto.

“Apesar de eu ter a menor estrutura de poder, sou um candidato que frequenta a faixa dos 12% estáveis, o que significa quase 20 milhões de brasileiros dando a este modesto nordestino a oportunidade de participar do debate eleitoral”, disse Ciro. Segundo ele, o resultado da pesquisa do Datafolha em nada vai alterar sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Já o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), minimizou os resultados da pesquisa Datafolha e avaliou que os resultados têm de ser avaliados com serenidade. “Nós, que somos homens públicos, temos de ter serenidade”, afirmou. “Se hoje (o cenário para Dilma) parece ser mais favorável, pode ser que no futuro não seja assim. Pelo histórico das eleições candidatos que estavam muito atrás em abril chegaram a ganhar eleições no primeiro turno.”

Aécio descartou que uma queda nas pesquisas de intenção de voto possa levar Serra a desistir da disputa presidencial. “Não se cogita nada parecido”, afirmou. De acordo com Aécio, o governador paulista continua em condições de enfrentar a disputa ao longo da campanha. “O governador de São Paulo é um nome extremamente qualificado, tem todas as condições de disputar com chances a Presidência da República”, avaliou. Ele voltou a afirmar que não irá compor a chapa tucana como vice e que a sua opção é por uma candidatura ao Senado.

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