A parcela do Orçamento que o governo brasileiro destina à área da saúde, de 6%, é inferior à média africana, de 9,6%. Além disso, a maior parte dos recursos aplicados no setor ainda é paga pelo cidadão.
Os dados são da OMS (Organização Mundial da Saúde), que divulgou nesta sexta-feira (13) seu relatório anual. O documento inclui um raio-x completo do financiamento da saúde e escancara uma realidade: o custo médio da saúde ao bolso de um brasileiro é superior ao da média mundial.
O relatório é apresentado às vésperas da abertura da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que terá a presença de ministros de todas as regiões para debater, entre outros temas, o futuro do financiamento do setor.
Dados da OMS apontam que 56% dos gastos com a saúde no Brasil vêm de poupanças e das rendas de pessoas. O número representa uma queda em relação a 2000 - naquele ano, 59% de tudo que se gastava com saúde no país vinha do bolso de famílias de pacientes e de planos pagos por indivíduos.
Mesmo assim, a taxa é considerada uma das mais altas do mundo, superior ao valor que africanos, asiáticos e latino-americanos gastam em média.
Em termos absolutos, o governo brasileiro destina à saúde de um cidadão um décimo do valor direcionado pelos países europeus.
Das 192 nações avaliadas pela OMS, o Brasil ocupa uma posição medíocre - apenas 41 têm um índice mais preocupante. Para fazer a comparação, a OMS utiliza dados de 2008, os últimos disponíveis em todos os países para permitir uma avaliação completa.
Agência Estado
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