O Rio Grande do Norte e o Ceará terão um marco regulatório a fim de garantir o uso sustentável da água subterrânea dos aqüíferos da Chapada do Apodi. Nesta quarta-feira (13), às 9h, no auditório da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), em Natal, a Comissão Técnica de Acompanhamento e Fiscalização dos Recursos Hídricos Subterrâneos dos aqüíferos da Chapada do Apodi reúne-se para discutir a questão. Os trabalhos serão dirigidos pelos técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA), com participação de pesquisadores e profissionais que lidam com água subterrânea no Estado do Ceará.
O propósito da reunião, que acontece mensalmente em diferentes cidades, é discutir o resultado dos estudos desenvolvidos por um consórcio de duas empresas (Projetecne e Techne). Os dados são coletados no aqüífero, comum ao Rio Grande do Norte e Ceará, que irão subsidiar o Marco Regulatório. O projeto do Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (Proágua Nacional), financiado pelo Banco Mundial, é considerado experiência piloto por envolver dois estados brasileiros que compartilham águas subterrâneas comuns aos solos potiguar e cearense.
Os aqüíferos da capada do Apodi são denominados Açu e Jandaíra, alvos da avaliação de reservas para evitar a exploração excessiva, capaz de prejudicar os dois estados. O aqüífero Açu abastece o Rio Grande do Norte através de poços, parte de Mossoró, Areia Branca, Grossos, Tibau e Governador Dix Sept Rosado. Já o Jandaíra é utilizado na irrigação de plantas frutíferas, principalmente em Baraúna e também na fruticultura do Ceará, especialmente nos municípios de Limoeiro do Norte, Russas e Alto Santo.