Por isso, na quarta-feira, resolveram se conceder novos aumentos e criar o 13º salário, que ninguém é de ferro. Os aumentos salariais foram escalonados para não dar muito na vista.
Para as atuais excelências, eles se deram um aumento de apenas 22,7%, passando de R$ 9,2 mil para R$ 11,3 mil. Com um detalhe: o aumento tem efeito retroativo a março deste ano, o que garantirá boa bolada para passarem um Natal mais farto.
Já os novos vereadores a serem eleitos no próximo ano terão direito, além do 13º, a um salário mensal de R$ 15 mil, o que corresponde a um aumento de 61,8% em relação aos vencimentos atuais.
Para quem acha que ainda é pouco o que gastamos com a administração da cidade, o prefeito Gilberto Kassab mandou para a Câmara projeto propondo aumento de até 236% nos salários dos cargos de chefia comissionados, ou seja, a elite do funcionalismo formada por secretários-adjuntos, subprefeitos e dirigentes de fundações e de autarquias.
O líder do PT, Ítalo Cardoso, não reclamou do estratosférico reajuste para os superfuncionários, mas reivindicou tratamento igualitário para todo o funcionalismo. Se a Câmara aprovar este trem da alegria, quem vai pagar a farra somos todos nós, é claro.
No momento em que o mundo todo corta despesas públicas para enfrentar a grave crise econômica, São Paulo parece que nada em dinheiro. É bom lembrar disso quando formos às urnas em outubro do ano que vem para eleger os novos donos do poder municipal. Afinal, além de contribuintes, somos também eleitores. Faça do seu voto uma arma.
