Pré-candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV), a senadora Marina Silva (AC) criticou neste sábado, durante encontro de sua sigla no Rio de Janeiro, o emprego da máquina pública por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover a sua candidata a sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Marina ainda disse discordar da recuperação BR 119, rodovia que liga Porto Velho a Manaus. Orçada em R$ 700 milhões, a obra é uma das principais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região Norte.
Ao ser questionada sobre a visita do presidente Lula e da ministra Dilma ao Rio de Janeiro na próxima segunda-feira para vistoriar obras, a senadora afirmou que "existe um certo extrapolar" na pré-campanha da candidata do governo. "Durante a pré-campanha, é preciso ter um cuidado muito grande. O desafio é como fazer um processo (eleitoral) com oportunidades iguais. Em relação a este caso (visita ao Rio), acho que há um certo extrapolar. Com certeza, quem está com a máquina encontra facilidades", afirmou.
Sobre a polêmica recuperação da BR 119, causadora de uma crise interna no governo no final do ano passado, depois de o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, dizer que não condenará licença ambiental à obra, Marina Silva disse que o investimento não é estratégico. "Essa obra não se justifica, nem economicamente. A obra corta 400 km de floresta e não tem uma justa justificativa. Não é nem um pouco estratégica. Há uma ausência de visão estratégica", disse.
A ex-integrante do PT conversou com jornalistas depois de se encontrar com dirigentes e pré-candidatos do PV nas eleições deste ano, no hotel São Francisco, no centro da capital fluminense. Ao chegar ao local, Marina foi recebida em clima de campanha. Em pé, dirigentes gritavam "Brasil Urgente, Marina presidente" e "Brasil no clima junto com Marina".
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